‘Projeto Acreditar’, em Belém, que atende pessoas com deficiência, pode fechar as portas se não conseguir novos colaboradores
‘Projeto Acreditar’, em Belém, que atende pessoas com deficiência, pode fechar as portas se não conseguir novos colaboradores
Com 25 anos de história na educação de pessoas com deficiência, o projeto Acreditar, localizado em Belém, no estado do Pará, corre o risco de fechar as portas.
Desenvolvido pela Associação Beneficente Milton Pereira de Melo, o projeto trabalha com o suporte colaboradores e doações, e faz atendimento com um método de reorganização neurológica a crianças e jovens a partir de 7 anos de idade, e às pessoas adultas de 18 a 60 até anos.
A presidente da Associação, Maria Madalena Pereira da Silva, que também é coordenadora pedagógica do Projeto Acreditar, explica que a iniciativa não tem fins lucrativos, atendendo de forma gratuita as pessoas por meio de doações, e que neste momento carece de mais colaboradores, Vem daí as dificuldades para manter a Associação, que precisa de toda a ajuda possível para continuar com o trabalho que já beneficiou milhares de pessoas ao longo de sua história.
Apesar de o aluguel da Associação ser pago por meio de um convênio com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que também inclui água, luz e alguns profissionais, o Projeto Acreditar tem uma folha de pagamentos que inclui professores, psicólogos, pedagogos e psicopedagogos, além de serviços gerais e da manutenção das instalações, lanche dos usuários, entre outros.
Pelo convênio com a Seduc, a escola deveria atender a 120 crianças da rede pública de ensino, mas com a dificuldade em obter doações para as demais despesas, a Associação atender atualmente a 85 pessoas e mesmo assim corre o risco de fechar, o pode ser evitado se novos colaboradores forem sensibilizados.
“Trazer novos colaboradores é essencial para que a gente continue funcionando. Ter uma sede própria também é um sonho que nos ajudaria muito, já que os repasses do convênio poderia cobrir outras despesas”, relata Maria Madalena.
O método – Madalena explica que o projeto Acreditar atua com o método chamado “Desenvolvimento do Potencial Humano”, desenvolvido pelo médico Glenn Doman, da Filadélfia, Estados Unidos, que desde meados da década de cinquenta, através de seu trabalho com pacientes com lesão cerebral, começou a descobrir a enorme capacidade do cérebro para regenerar-se depois de uma lesão e para desenvolver-se através da estimulação.
Após comprovar que uma criança de quatro anos com dano cerebral considerável foi capaz de aprender a ler, Doman concluiu que as crianças da mesma idade poderiam fazer a mesma coisa sob estímulo. Ele concluiu que muitas não aprenderam a ler com pouca idade porque não tinham oportunidades de aprender, e não por incapacidade. O método foi detalhado também no livro “Como ensinar a ler a seu bebê” foi publicado pela primeira vez em 1964, e desde então foi traduzido para mais de 25 idiomas.
No livro, Doman propõe aos pais um programa de aprendizagem precoce da leitura para bebês e crianças menores de seis anos. Mais tarde apresentaria propostas para o ensino de matemática, cultura geral, idioma estrangeiro, música e excelência física. Os programas Doman permanecem vigentes há mais de cinco décadas e são aplicados por pais de todo o mundo, e também por instituições que atendem pessoas com deficiência.
Para ajudar o Projeto Acreditar: A instituição fica na Travessa Lomas Valentinas, 465 (entre Pedro Miranda e Antonio Everdosa). Para maiores informações, a coordenadora pedagógica do Acreditar, Maria Madalena Pereira da Silva, está à disposição pelo telefone (91)8113-7889.