A dificuldade da aceitação da criança com deficiência pela família e amigos
Por mais triste que seja, todos os dias vemos diversos depoimentos em nossas redes sociais de casos onde crianças com deficiência não são aceitas pelas famílias, onde pais somem, avós chamam as crianças de má educadas, onde tios “não permitem” que os filhos, brinquem com o primo.
São histórias que até parecem mentira diante de tanta crueldade que algumas pessoas praticam pelo fato de na maioria das vezes não aceitarem a deficiência de um ente familiar.
A maioria das famílias quando da chegada de um bebê, esperam ansiosamente pela chegada dele. Mas o que acontece em algumas famílias onde o bebê não nasce “perfeito”?
Pelo que pudermos observar há vários anos, ocorre o fenômeno do desaparecimento. Pais somem dizendo que não tem estrutura para lidar com situação, o resto da família fica falando pelos cantos sobre a criança, algumas até fazem piadas de mal gosto, mas poucos oferecem um colo, um abraço ou algum tipo de ajuda.
Amigos então, esses desaparecem instantaneamente. Claro, que há muitos casos de amor das famílias e amigos que acolhem, cuidam, incluem e respeitam.
Infelizmente grande parte da pessoas que são preconceituosas, fazem piadas de mal gosto, julgam os pais de crianças com deficiência ora pelo comportamento ora pela forma que cria os filhos. Mas não podemos permitir que isso aconteça. NUNCA!
A criança quando recebida no leito de uma família precisa sentir-se bem-vinda. A maioria dos pais quando percebem o preconceito dentro da própria família preferem se afastar para preservar a criança da rejeição. Porque esse pais não são obrigados a conviver em um ambiente onde o preconceito, o descaso e a ignorância existem. Eles já estão esgotados de lutar contra tudo e todos para oferecer o melhor para os filhos.
O problema ainda mais se intensifica quando a deficiência não é visível aos olhos, como o autismo, paralisia cerebral leve, TDHA e a dislexia (O TDAH e a dislexia não são considerados deficiência, e sim disfunção. Todavia, como não há lei específica para transtornos disfuncionais, alguns juristas se apoiam também no Estatuto das pessoas com deficiência, com base na lei da ‘similaridade).
Como não há indícios visíveis da deficiência têm pessoas nas famílias ou até amigos que dizem que o comportamento dessas crianças é frescura, má educação dos pais, ficam falando pelos cantos “tadinho”. No entanto, eles desconhecem que essas crianças precisam apenas de cuidados específicos, muito amor e acolhimento.
Quando nasce uma criança com deficiência alguns pais encontram apoio, não dos amigos que já existiam, nem da família, mas sim de outras pessoas que passam pela mesma situação que eles. E essa pessoas se tornam mais família do que “os conhecidos de sangue”.
Mas o pior mesmo acontece com os pais. A maioria das mães de crianças com deficiência são mães solo. A maioria dos homens “some” após o diagnóstico, eles desamparam essas crianças tanto financeiramente quanto emocionalmente.
Às vezes me pergunto, quem são essa mães que criam esses “homens”? Que permitem que seus netos sejam abandonados pelos pais. Claro, que a situação é nova, que não é fácil, mas o que essa mãe precisa é apoio tanto moral quanto financeiro, não mais uma pessoa para julgá-la.
Então, você que está lendo esse texto, se nascer algum bebê com deficiência em sua família ou de algum amigo seu. Não julgue! Apoie e acolha. Pergunte aos pais o que eles precisam, se não souber sobre a deficiência pesquise, faça questão deles na sua vida.
Pois só sua empatia, acolhimento e amor poderão mudar o mundo dessas pessoas. Inclusão começa em casa, com as pessoas próximas. Seja você o agente de mudanças para a quebra de paradigma do preconceito. Você não pode mudar o mundo mas já pode mudar o mundo de uma família. A sua!
Deixe-nos saber o que achou, porque sua opinião é muito importante para nós.
Texto autoral: Equipe Crianças Especiais
tenho um filho hoje com 24 anis.paralisia cerebral,lesao de talamo,lesao de corpo caloso e hipoplasia cerebelar(oque faz com que ele seja totalmente desengonçado e sem cordenaçao)e ele tem crises agressivas,verbais e fisicas,sofremos muito,mas o amamos acima de tudo.porem desde que nasceu ele e todos nos da familia sofremos ate hoje com os olhares das pessoas idiotas,e toso mundo afatando-se dele.ja nao ligo mais,desde que nao o ofedam.
Obrigada por seu comentário. Respeito e empatia sempre, é o que desejamos!
Fui mãe solo por anos até que me casei novamente. Tive problemas com preconceito na família, na escola, num parque de uma turma muito conhecida onde tem brinquedos que fomos barrados de usufruir, em tratamentos, enfim…tive que me fortalecer para poder criar meus filhos. Hj minha filha tem 21 anos, é alfabetizada, mas tem cabecinha de bebê devido atraso pela rubéola que contrai na gestação. Fazemos o melhor mas nunca é o suficiente.
O pai parou de pagar a pensão quando ela fez 20 anos e o irmão 18. Nos viramos para terminar de pagar a faculdade dele, visto que ele não trabalha para me ajudar a cuidar da irmã enquanto nós, pais, trabalhamos para pagar as contas de casa, os estudos, roupas, convênio e comida ..
Monica, obrigada por compartilhar sua história conosco. Por isso, resolvemos falar sobre isso, para ver se pessoas com essas comecem a perceber o mal que fazem com esse preconceito na própria família. bjos
Boa noite ,meu nome ê perpétua, tenho um filho de 23 anos com paralisia cerebral cuido dele sozinha pois o pai morreu já faz 10 anos mas ñ se importava muito.Bem minha familia ñ mim ajuda com meu filho m9ra só eu e ele
Graças a Deus hoje ñ dá mas crises
Mas ñ anda ,nem fala é completamente dependente de mi
Mas eu a amo muito e minha vidinha como chamo
Já enfrentei vários preconceitos tanto da parte familiar como de amigos mas graças a Deus superamos
Sou mãe especial a 18 anos, infelizmente este texto é uma realidade que nos mães especiais passamos, doe muito a rejeição dos familiares e da sociedade. Nosso desafio é dizer ao mundo que nossos filhos merecem amor e respeito…
Descobri agora que meu filho é autista e não é fácil a aceitação de tds as partes tanto família como das pessoas, geralmente eles falam que é birra estamos nos adaptando ao mundo dele vai fazer 3anos e não fala nenhuma palavra se quer,a partir de agosto que vai começar o tratamento e não vejo a hora pois meu BB é muito agitado e nervoso ele é meu grande amor super carinhoso.