Pessoas com Deficiência Severa e o Coronavirus o que fazer?
Saiu uma matéria hoje, no Jornal o Estado de São Paulo que esclarece o que fazer no caso de suspeita de Covid-19, mais conhecido como Coronavirus (Sars-Cov-2) em pessoas com deficiência severa e achamos interessante compartilhar com vocês.
Além da preocupação das pessoas com deficiência severa, temos que nos preocupar com os cuidadores dessas pessoas que na maioria são a única pessoa com que elas podem contar.
Os pais, familiares, cuidadores em geral de pessoas com deficiências severas tanto físicas ou intelectuais devem se manter fortalecidos e prevenir de toda a forma o contato com a doença.
Principalmente, por não haver informações sobre o impacto do vírus em pessoas com essas condições.
No entanto, pessoas com deficiência severas com restrições respiratórias ou dificuldades profundas de comunicação, precisam de atenção redobrada.
Quem precisa se preocupar?
Não é só apenas pessoas com algum problema respiratório que devem ser preservadas, mas todas as pessoas com deficiência em geral grave, como paralisia paralisia cerebral, síndrome de Down, Transtorno do Espectro Autista (TEA), Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), Atrofia Muscular Espinhal (AME), Esclerose Múltipla (EM), Doenças Crônicas,distrofias musculares, cardiopatas e outras semelhantes.
Já as pessoas com deficiências intelectuais leves e moderadas, a maior preocupação são com os hábitos de higiene e limpeza, bem como o fato desse público gostar muito de contato físico com beijos e abraços.
Segundo entrevista ao Blog Vencer Sem Limites, do Jornal os Estado de SP o especialista, Caio Bruzaca, geneticista do ambulatório de diagnósticos do Instituto Jô Clemente (IJC) alertou que quem está ao redor, quem cuida dessas pessoas com deficiência é que precisa perceber o que está acontecendo.
“A falta de ar é um dos principais sintomas do coronavírus. Para pessoas com deficiência intelectual grave ou profunda, para quem usa ventilador mecânico para respirar, foi traqueostomizada (orifício artificial criado cirurgicamente no pescoço ou na traqueia), os cuidados devem ser os mesmos prestados aos idosos”, explica o geneticista.
“Além disso, muitas pessoas com deficiência usam remédios específicos ou uma combinação de medicamentos, corticoides, redutores de imunidade, e isso pode agravar o quadro de quem foi infectado pelo coronavírus”, comenta.
Evidências científicas
No último dia 15, após a publicação científica no Lancenet (Confira a publicação aqui) foi deixado o alerta dos pesquisadores em relação ao uso de anti-inflamatórios, como ibuprofeno e cortisona, em pessoas infectadas pelo coronavírus. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), destacou que o ibuprofeno deve ser evitado porque esse composto facilita a entrada do vírus nas células.
De acordo com o Dr. Caio, se houver suspeita de infecção pelo coronavírus em pessoas com deficiência severas, a melhor providência é procurar atendimento médico imediato. Pois cada segundo para essas pessoas são muito importantes.
Até o momento, no Brasil há 200 casos confirmados que estão distribuídos por 14 Estados e o Distrito Federal, a maioria em São Paulo. Segundo o Ministério da Saúde, o País tem 1.915 casos suspeitos e 1.470 análises foram descartadas.
Pessoas com sintomas leves ou que têm contato próximo com alguém infectado devem permanecer em casa. O hospital fica restrito para os episódios mais severos.
A princípio, o isolamento do paciente dura 14 dias ou até o fim dos sintomas. Entretanto, esse período pode ser prorrogado se tosse, falta de ar e outros sinais respiratórios persistirem.
Os governos de vários estados já suspenderam as aulas e recomendam que quem puder, fique em casa, por esses dias.
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Fonte: O Estado de SP acessado em 16/03/2020