Mãe viaja 60 km com a filha com deficiência e encontra agência do INSS fechada
A partir do dia 14 estava prevista a abertura das agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) fazendo com que muitos beneficiários ficassem aliviados.
No entanto, o alívio não durou muito para uma mãe que é agricultora. Maria Viana da Silva, de 58 anos, saiu de onde mora na zona rural de Rodrigues para tentar atendimento na cidade vizinha de Cruzeiro do Sul, no estado do Acre e não conseguiu o atendimento.
Ela deslocou-se até a agência com a filha que tem paralisia cerebral, de 13 anos, no colo.
A menina teve o benefício suspenso desde abril e a mãe desde então está tentando resolver.
O que ocorreu é que no Acre apenas a agência de Rio Branco, na capital, retomou os atendimentos presenciais.
A falta de informação clara pelos órgão públicos está causando um grande desconforto e desespero para pessoas que sobrevivem com benefícios do governo administrados pelo INSS.
Para chegar até Cruzeiro Sul, Maria viajou cerca de 60 quilômetros e gastou R$ 300 de táxi. A agricultora mora na Comunidade Agrovila Muju. Ao saber que apenas uma agência no estado inteiro estava atendendo, Maria não se conteve e chorou.
“Fico sofrendo de viagem com minha filha, carrego ela nos braços, ela não fala, não escuta. Estou lutando pelo direito da minha filha. Falaram que tem que fazer a perícia presencial, se eu pudesse resolver sozinha, mas tenho que trazê-la. Não é fácil para uma mãe lutar, quando fica sem remédio ela não dorme. Fico à noite acordada com ela. Somos pobres, mas não somos cachorros”, lamentou.