Humorista ofende pessoas com autismo e grupo de reúne para processá-lo
Já não é de hoje que fazemos alertas para as pessoas sobre a utilização de deficiências como adjetivos. Não pode, e não é mimimi.
Se antes isso podia era legal, hoje não é mais. Existem leis condenando essa conduta.
No entanto, um vídeo circulou pela internet com o humorista Léo Lins, sendo chamado pela namorada Aline Mineiro de “autista” por não prestar a atenção no que ela falava.
Aline disse o seguinte em seu stories: “Como em todas as festas, ele não fala nada, é um pouco autista”.
A comunidade de pessoas com deficiência e principalmente, pessoas que tem familiares com autismo entraram no perfil da moça e pediram uma retratação escrevendo para ela em seus posts.
A moça não se retratou. E seu namorado, a pessoa a qual ela chamou de autista, o humorista Léo Lins começou a ofender as pessoas que pediam a retratação. As ofensas além de capacitistas, as repostas dele eram muito mal educadas e com a utilização de palavras de baixo calão.
A situação já foi reportada à polícia e à Comissão da Pessoa com Deficiência do Conselho Federal da OAB. Alguns pais indignados foram a Delegacia fazem um boletim de ocorrência. Léo Lins pode ser enquadrado em crimes previstos na Lei Brasileira de Inclusão.
Vale lembrar que nessa semana, os humoristas Dihh Lopes e Abner Henrique foram indiciados por crime de discriminação da pessoa com deficiência por publicarem um vídeo com piadas sobre autismo, síndrome de Down e outras condições.
Pessoas indignadas com a conduta do “comediante”, grupos de defesa de pessoas com autismo estão articulando para judicializar o ocorrido e acusar formalmente o comediante Léo Lins de crimes previstos na LBI – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.
O ator publicou em suas redes textos e fotos que ridicularizam pessoas autistas, também bateu boca com defensores da causa e enviou mensagens com termos sexuais e pornográficos a várias mães de crianças autistas.
https://www.instagram.com/p/CFck-TJlQTY/?utm_source=ig_embed
O caso já chegou à Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência de São Paulo, com a denúncia de uma mãe de um menino de dois anos. De acordo com a delegada titular, Maria Valéria Pereira Novaes de Paula Santos, prints das mensagens foram incluídos no boletim.
Em outros estados as pessoas já estão fazendo Boletins de Ocorrência, pois estão inconformadas com que aconteceu. Os BO´s podem ser encaminhados para a REUNIDA – Rede Unificada Nacional e Internacional dos Direitos dos Autistas que está separando os documentos para instruir o processo.
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Fonte:https://brasil.estadao.com.br