Mãe acredita que filha está com catapora, menina entra em coma e o diagnóstico era outro
Menina tem reação parecida com a de catapora, mas o diagnóstico era COVID.
Essa história aconteceu com a pequena Millie de 6 anos. Em 12 de dezembro a menina começou a se sentir mal, mas como três alunos de sua escola foram diagnosticados com catapora a mãe lizabeth Denver, 36 anos, de Steyning, West Sussex, achou que a filha estivesse com a mesma doença.
Millie estava com algumas manchas no corpo, pálida, começou a vomitar e teve febre com temperatura de 39,9 graus.
Dois dias depois a temperatura retornou ao normal , mas Millies estava com dores, náusea e sem fome
O hospital
Diante do quadro, preocupada a mãe ligou para a pediatra da menina que a aconselhou levá-la para o hospital. A menina foi de ambulância para o hospital de Worthing, os médicos a colocaram em coma induzido e a encaminharam para o hospital de Southampton.
O que Millie teve não foi catapora, mas sim Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica Temporariamente Associada ao Sars-CoV-2 (SIM-P), uma reação não muito comum à covid-19, ela deve ter tido a COVID, mas estava sem sintomas.
A mãe conta que quando viu a filha em coma se desesperou, e que nunca imaginaria que seria uma reação a COVID. Mas quando viu as manchas se transformarem em bolhas entrou em pânico.
Os exames de sangue revelaram que o fígado e os rins de Millie estavam lutando.
Elizabeth, que também é mãe de Elsie, 9 anos, e Felicity, 12, conta que Millie ficou oito dias se recuperando no hospital, mas, felizmente, a menina recebeu alta no dia 23, a tempo para o Natal. Segundo a mãe, a recuperação foi rápida com o auxílio da fisioterapia. “Foi um alívio ouvi-la rir com as irmãs na véspera de Natal. Dias depois, passamos por parques cheios de crianças brincando juntas. Ninguém sabe que a covid pode ser tão ruim para eles”, finalizou.
O que é Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica Temporariamente Associada ao Sars-CoV-2 (SIM-P)?
Os sintomas são semelhantes aos causados pela doença de Kawasaki, uma condição rara, mas tratável, que afeta cerca de oito em cada 100 mil crianças a cada ano no Reino Unido. Os médicos têm quase certeza de que a doença é causada pelo coronavírus, mas ainda não conseguiram provar.
Segundo eles, nem todas as crianças que tiveram a síndrome apresentaram teste positivo para a covid no momento em que ficaram doentes, mas todos tiveram resultados positivos para anticorpos, o que significa que já tiveram o coronavírus no passado.
Isso sugere que possa ser um “fenômeno pós-infeccioso”, causado por uma reação exagerada tardia do sistema imunológico, que pode acontecer semanas ou até um mês depois que a criança foi infectada.
No Brasil
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil, até 24 de outubro de 2020, registrou 511 casos da Síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) temporalmente associada à COVID-19. Houve o registro de 35 óbitos até a data acima.
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Fonte:https://revistacrescer.globo.com