Família com 14 filhos, 3 irmãos têm síndrome de Alport e recebem transplante dos outros irmãos
A síndrome de Alport e uma linda história de amor de irmãos acabou chamando a atenção e emocionando a todos.
A síndrome de Alport e a linda história de amor de irmãos acabou chamando a atenção e emocionando a todos. Apesar de muitas vezes ser uma relação conflituosa, o vínculo entre irmãos é muito forte. O caso dos irmãos Bóris, Urbano e
Carlos acabou chamando atenção. Os três são de uma família com 14 irmãos ao todo, e durante toda a vida, sempre foram muito próximos uns dos outros.
Síndrome de Alport
Todos os três precisaram ser transplantados. Dois deles receberam de outros irmãos e um de uma doação anônima, de alguém que já era doador. A coincidência se deu, pelo fato de que os irmãos têm a síndrome de Alport, que se trata de uma doença rara, tendo a falência renal como uma de suas consequências, podendo também afetar a audição, chegando até mesmo a perde-la completamente.
Urbano Trindade, um gerente comercial, foi o primeiro dos irmãos a apresentar os sintomas. ‘’Descobri principalmente pela pressão alta, que desencadeou em enjoo, mal estar e um cansaço muito grande’’, relatou. Ele conta que então decidiu fazer alguns exames laboratoriais e então foi constatada a insuficiência renal e logo a síndrome de Alport.
Bóris realizou exames de compatibilidade e felizmente era compatível com o irmão, então logo pensou em ser seu doador. Assim que o transplante de rim aconteceu, Alberto foi diagnosticado também com a doença e também precisou de um transplante de rim, que foi doado por seu irmão Aramis Trindade.
Após alguns anos, Carlos Trindade, chefe de cozinha, foi diagnosticado também com a síndrome, descobrindo por meio de dores musculares e sendo internado na unidade de terapia intensiva. Ele também precisou de um rim, mas dessa vez foi um doador desconhecido que o ajudou. ’’Eu sei que foi uma jovem de 30 anos que morreu em um acidente de moto’’, relata Carlos sobre as únicas informações que recebeu de sua doadora.
Geralmente, pessoas que precisam ser transplantadas entram na fia, que acaba sendo muito longa e a posição nela depende da gravidade, porém há lei que permite a doação entre pessoas da família, o que chamamos de doação intervivos, permitindo a doação de um dos rins, um dos pulmões, uma parte do fígado e medula óssea.
O processo é muito utilizados em casos como esse, onde familiares são totalmente compatíveis e autorizam a doação.
Apesar do susto, todos estão bem e felizes, de poderem ter se ajudado e ter mais essa ligação forte entre eles, além do sangue.
Fonte: G1