Marcos Mion publica vídeo se posicionando contra possível aprovação do rol taxativo da ANS
Na madrugada da última terça-feira, 22, o comunicador Marcos Mion, pai de 3 filhos, incluindo Romeo, de 16 anos, autista, publicou uma gravação de vídeo através de seu perfil das redes sociais, em que realizou um pedido direcionado aos ministros do STJ. Nesta quarta-feira, 23, será retornado o julgamento onde será definido se a lista de procedimentos de cobertura obrigatória pelos planos de saúde, instituída pela ANS. Se será taxativa ou exemplificativa — explicando melhor, se as operadoras dos planos podem ou não ser obrigadas a pagar os exames que não fazem parte do rol da agência reguladora.
Em seu posicionamento, o apresentador relata que isso pode afetar milhões de pessoas com autismo, algum tipo de deficiências e até mesmo as pessoas que não se enquadram nesses casos, mas que depende de um plano de saúde. Ele é contra a aprovação do rol taxativo. Mion ainda explicou melhor de forma simples e direta, que caso seja aprovado, todos terão um aumento nas negativas por parte dos planos de saúde, o que é muito revoltante e preocupante. Pois, se isso ocorrer, caso o resultado dessa votação seja favorável a eles, os planos de saúde simplesmente ganharão uma carta-branca para poder levar a risca essa lista de procedimentos e tratamentos publicados pela ANS. Chamado rol, ou seja, qualquer tratamento que não estiver listado nesse rol, irá ser negado logo de cara, mesmo tendo prescrição médica, mesmo que seja de extrema importância.
Ele ainda seguiu falando sobre os impactos que essa decisão pode trazer para as pessoas com autismo.
Sobre o julgamento
O julgamento no Supremo Tribunal de Justiça começou em setembro do ano passado, porém foi interrompido devido a um pedido realizado pela ministra Nancy Andrighi. Agora, irá ser retomada a discussão sobre a forma de como a lista de procedimento pagos pelos planos de saúde irá ser interpretada — se será de maneira taxativa, ou seja, apenas o que estiver listado na ANS irá ser coberto; ou de maneira exemplificativa, tendo uma maior flexibilidade para que os demais exames e procedimentos com prescrição médica e sejam comprovadas a sua eficácia possam ser pedidas na justiça.
O relator do processo, o ministro Luis Felipe Salomão, já se manifestou e, em seu voto, escolheu o argumento das operadoras de que coberturas mais amplas iriam gerar um desequilíbrio financeiro no setor.
Nossa posição
Em nosso perfil oficial no Instagram Crianças Especiais, publicamos um vídeo falando sobre esse tema tão importante.
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Fonte: Crescer