Alunos da Apae de Nova Odessa vivem experiência como pilotos graças ao projeto ‘Kart terapia’
Em Nova Odessa, SP, alunos atendidos pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), tiveram um dia atípico graças a um projeto muito inovador. Eles puderam participar do “Kart terapia”. Os alunos puderam sentir a adrenalina de ser um pilo de kart por um dia.
Os alunos com deficiência intelectual foram equipados com capacetes e macacão, e puderam experimentar essa adrenalina, fazendo percurso completo da pista do Kartódromo de Nova Odessa, e puderam fazer isso em velocidade máxima.
O projeto idealizado com um veículo especial projetado especificamente para este fim, no qual possui dois lugares, e dessa forma proporciona uma experiência mais segura.
“São dois karts emendados, a parte dianteira de um e a parte traseira de outro, motor quatro tempos, é um motor de kart mesmo”, explica o engenheiro Giancarlo di Giácommo.
Cauã, de 17 anos, descreveu a experiência de andar em um kart duplo como algo fantástico.
“Eu parecia o Vin Diesel mesmo. Eu fiquei aqui só curtindo o sonzinho. Eu tô me sentindo no furiosos”.
Jonhy Pinheiro da Silva, que é mais um participante do projeto, disse que a experiência foi muito boa. “Foi legal, foi ótimo”, revelou.
A inclusão vai além do físico
De acordo com a diretora da Apae de Nova Odessa, as pessoas precisam ter em mente que a inclusão vai além do físico, e que é de extrema importância que os jovens e adultos precisam terinclusão social.
“A pessoa deficiente intelectual depende bastante de estímulo. Então é um kart terapia porque é um estímulo muito grande”, ponderou.
Quem idealizou este projeto foi Eugene Daniel Junior, muito conhecido como Gene Fireball, ele pensou no kart como uma forma de terapia.
O note-americano fez história no motocross e levava as plateias de rodeios ao delírio com o seu fantástico show de acrobacias ousadas. Ele está no Brasil há mais de 3 décadas. É um dos pioneiros no mundo do motocross e campeão de todas as categorias que disputou.
Além disso, ele também coleciona recordes hospitalares: “Entre pinos, placas e parafusos são 54 pelo corpo inteiro, isso que me mantém em pé hoje em dia. São 128 fraturas”, contou.
“Sete anos atrás eu bati o recorde mundial de distância percorrida em 12, 24 e 48 horas. Foi fantástico, aqui em Nova Odessa, no Kartódromo.”
O kart como inclusão
O campeão afirma que essa ideia foi como um chamado de Deus.
“Deus me falou ‘vamos trazer essas crianças da Apae de volta para nossa sociedade, vamos trazer de volta para esse mundo que todos nós vivemos. Eu não quero mais ver essas crianças colocadas de volta do armário e esquecidas'”, revelou.
Fonte: G1