Escolinha exclui criança com síndrome de Down de formatura
Isabela, é uma menina de 6 anos, que tem síndrome de Down e foi excluída da formatura da educação infantil da escola que estudava, na cidade de Oliveira, região Centro-Oeste do Estado.
Ela que passou seus primeiros anos sob cuidados especiais, visto que, nasceu com um problema cardíaco. Razão pela qual só começou a frequentar a escola aos 4 anos.
Após frequentar uma escola particular da cidade, a escola recusou sua renovação de matrícula alegando que a menina na escola seria uma responsabilidade extra e um custo muito grande, tendo em vista a necessidade da menina ter um monitor para apoiá-la.
Ao saberem do projeto de inclusão na Escola Municipal Cristo Redentor, os pais decidiram, então, matricular a pequena na instituição. Tudo parecia ir bem, até a mãe, professora do ensino infantil da rede municipal de ensino, Telma Cassiano, de 39 anos, descobrir “sem querer” que haveria uma formatura da sala de Isabela e que ela estava excluída.
Ela acabou sabendo da formatura quando uma mãe de uma amiga da Isabela perguntou se elas iriam a formatura de carro, Telma respondeu que não estava nem sabendo do evento, que seria no dia seguinte.
Telma, grávida de 6 meses, chegou a passar mal quando entendeu o que tinha acontecido. Ela entrou em contato com a professora da menina e recebeu três justificativas diferentes.
A mãe questionou a professora que não conseguiu justificar o ocorrido. Alegou que tinha se esquecido porque eram muitas crianças, depois disse que os professores que estavam fazendo os convites esqueceram da Isabela e por fim disse que como ela não estava se formando não fizeram o convite dela.
A formatura
Na foto da turma, no entanto, Isabela aparece no colo da monitora, já que é uma das formandas. Ela também tem a foto vestida de beca, tirada dias antes da formatura. Segundo a família, em vários ensaios para a formatura, enquanto estava todo mundo brincando, ela ficava sentadinha no colo da monitora. E ela adora cantar. Ela foi impedida de participar dos ensaios junto com os coleguinhas. Na semana retrasada, ela foi chamada para tirar a foto com a beca e quando a professora entregou a foto para os pais, e também os trabalhos e atividades escolares, disse que a Isabela não precisava mais vir à escola, que estava de férias.
Ao ver o caderno da pequena onde deveriam constar suas atividades e trabalhos escolares, havia várias folhas em branco, como se a menina estivesse sendo isolada, não fazia atividades e nem trabalhos como as outras crianças.
As providências
Procurada pela reportagem, a secretária de Educação de Oliveira, Andrea Pereira, que responde pela escola, informou que todas as providências estão sendo tomadas e que a Secretaria abriu um processo administrativo para apurar o ocorrido.
A família aguarda a conclusão dos procedimentos da Secretaria Municipal de Educação para saber o que vai ser feito. Com a expectativa da APAE abrir uma turma no ano que vem, a ideia é manter a pequena somente lá, mas dependendo das providências tomadas pela escola e pela Secretaria em relação ao ocorrido, há a possibilidade de Isabela alternar seus dias de aula entre a APAE e a escola regular no próximo ano.
Esperamos que situações como essa não aconteça mais com a Isabela e com mais ninguém.
Deixe-nos saber o que achou, porque sua opinião é muito importante para nós.
Fonte: https://www.hojeemdia.com.br