Doenças Raras

Mãe de garota com doença rara e paralisia cria playgrounds inclusivos

Mãe de garota com doença rara e paralisia cria playgrounds inclusivos

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Maria Eduarda Nalini, de 12 anos, queria brincar, mas não era possível. Enquanto o irmão mais novo se divertia, ela só olhava, já que não consegue se movimentar e os brinquedos não comportavam a cadeira de rodas dela. Isso mudou quando a mãe deles teve a ideia de instalar balanços, gira-giras e gangorras adaptadas para deficientes nas praças e parques de Ribeirão Preto (SP).

A vida dessas crianças é muita terapia e internação. Eu sentia falta da diversão para elas”, diz Selma Nalini, de 35 anos. “Brincar é a principal ocupação de uma criança. É pelo brincar que ela desenvolve habilidades sociais, cognitivas e comunicativas.” Com autorização da Prefeitura e doações de empresários, Selma revitalizou playgrounds em cinco áreas públicas: Parque Dr. Luis Carlos Raya, Parque Tom Jobim, Über Parque Sul “Roberto Francói”, Praça da Bicicleta e Praça Ali Youssef Abou Hamin.

A reforma

Além de instalar os brinquedos, ela reformou bancos e lixeiras, construiu rampas de acesso, trocou a grama e refez a pavimentação, já que o chão desnivelado dificultava a locomoção de cadeiras de rodas e carrinhos de bebês. Selma batizou o projeto em homenagem à filha, que nasceu com síndrome de Dandy-Walker. Duda não consegue se movimentar devido à malformação do cérebro, mas, com os equipamentos adaptados, pode ir à praça e brincar com o irmão, João Lucas, de 8 anos, que não tem deficiência.

Os brinquedos

Cada um senta em um lado do balanço. O mais espaçoso é o dela, que tem grades nas laterais, na frente e atrás para acomodar a cadeira de rodas. A grade de trás, que é revestida com tábuas de madeira, também serve como rampa de acesso quando está destravada. “A Maria Eduarda não senta, não anda. Ela é bem molinha. Nem o pescoço ela consegue sustentar”, explica a mãe. “Se não fosse esse tipo de equipamento, Duda nunca teria brincado.”

No gira-gira, a menina também pode brincar com os amigos, além do irmão. O equipamento funciona no mesmo estilo do balanço, mas tem mais assentos, que são intercalados: um para crianças sem deficiência e outro para acomodar cadeiras de rodas.

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Fonte: G1/SP
@exclusivo24hs

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