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Alunos com deficiência superaram preconceitos e dificuldades para fazer Enem

Aos 17 anos de idade, o estudante Vinicius Paz irá usar o Enem como uma porta de entrada para o seu sonho que é cursar medicina.

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Aos 17 anos de idade, o estudante Vinícius Paz irá usar o Enem como uma porta de entrada para o seu sonho que é cursar medicina. O aluno da escola Estadual Francisco Voccio, localizada na zona norte da capital de São Paulo, conta que ainda não decidiu em qual área da saúde deseja se especializar.

Com deficiência intelectual, ele recebe ajuda da professora Lucimara de Lima de 49 anos de idade. Lucimara relata que devido à pandemia, ela precisou mudar o modo da preparação.

Ela conta que foi preciso muito a utilização das redes sociais para poder ocorrer a comunicação. Produziu diversos vídeos para que as matérias pudessem chegar aos seus alunos com toda a qualidade possível.

São poucos, como Vinícius, que tem conhecimento e acreditam na capacidade própria. Das duas escolas em que a educadora presta auxílio a estudantes com deficiência, ele será o seu único aluno que irá prestar o Enem este ano. Ela conta que na maioria das vezes, os estudos não acreditam em sua própria capacidade e nem que podem chegar ao nível superior e possuir uma profissão diferente.

Mais de 3 mil candidatos do Enem têm alguma deficiência

De acordo com um levantamento realizado pela Semesp, existe mais de 3 mil pessoas com algum tipo de deficiência mental escrita nessa edição do Enem.

A versão do ano passado, que só foi realizada este ano, contou com um total de 47 mil pessoas com algum tipo de deficiência que se inscreveram na prova e pediram assistir. É o dado mais atualizado da Inep, o responsável pela organização da prova.

“Não vou me entregar para a deficiência”
Gabriela Baptista, de 17 anos de idade, está cursando o último ano do ensino médio integrado na escola técnica Carlos Botelho do Amaral do Centro Paula Souza, localizado em Guariaba no interior paulista. Além de frequentar as aulas normais, ele também faz o técnico em química.

Ao nascer ela recebeu o diagnóstico de sua deficiência visual. Ela sempre estudou em escola regular e ressalta todo o apoio recebido por ele.

Ela conta que não enxerga muito interesse em seus colegas com a mesma deficiência que a dela. Que muitos acabam se entregando a deficiência. Ainda ressalta que é preciso entender que a deficiência não define quem a pessoa é.

Ela conta que não teve nenhuma dificuldade para realizar sua inscrição. Foi solicitada uma versão mais ampliada e um tempo maior para a realização da prova. Depois de ter sido apresentado um lado médico, ambos os pedidos foram aprovados para a realização do exame. A estudante ainda não sabe qual curso irá fazer, porém não irá ser relacionado a química.

Fonte: UOL

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