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Assistente social ganha guarda de bebê indígena, que poderia ser sacrificada por ter nascido com malformação

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Uma bebê de quase 1 ano está sob os cuidados de uma assistente social em Cuiabá, pois a bebê, que é uma indígena da etnia Kamiaurá nasceu com uma malformação que recebe o nome de encefalocele.

Isso acontece quando parte do cérebro fica em um tipo de bolsa, exposta para o lado de fora do crânio. Por esse motivo, os pais da menina decidiram rejeitá-la, e se ela retornar para a aldeia ela corre o risco de ser sacrificada.

Foi determinado no dia 17 de junho, pela juíza Gleide Bispo dos Santos, que a Funai manifeste-se a respeito dessa decisão em até 15 dias. Em uma publicação o portal G1 afirmou ter entrado em contato com a Funai, mas não obteve resposta.

Antônio Carlos Geraldino é o advogado responsável pelo processo. Ele afirma que os pais biológicos, desde o nascimento da bebê, foram acompanhados pela assistente social de 53 anos. Sendo assim, a assistente social e sua equipe conseguiram convencer que o casal levassem sua filha para Cuiabá, onde ela passaria por uma cirurgia na cabeça.

Renúncia

Embora a menina tenha sido submetida ao procedimento cirúrgico ela continuou com sinais de deformidades no rosto. Por esse motivo, os pais da criança decidiram renunciar o direito de criação da menina.

Em junho deste ano, os pais biológicos assinaram uma declaração  de renúncia. Desde deste dia, o bebê permanece sendo criado pela assistente social. Se a menina se adaptar, a justiça pode conceder a guarda definitiva da criança.

‘Criança satisfeita, observadora e afetuosa’

Um exame psicossocial foi realizado para avaliar as condições psicológicas da nova família. A psicóloga responsável por avaliar a nova família afirma que a criança esta satisfeita com o seu novo lar.

A avaliação concluiu que a assistente social e sua família demonstram grande amor pela menina, proporcionando a ela atenção, afeto e cuidados essenciais para que ela creça e se desenvolva bem.

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