Barbeiros cortam cabelo de autistas onde eles se sentem mais seguros
Uma iniciativa louvável de dois barbeiros do Reino Unido vem chamando a atenção.
Esses profissionais cortam os cabelos de crianças e jovens autistas onde eles se sentem mais seguros e confortáveis.
“Atendemos algumas crianças autistas. Você leva o seu tempo. Acho que, se você está relaxado, eles geralmente não têm problema”, diz o barbeiro Donncha O’Connell.
Um dos seus clientes, o adolescente Evan O’Dwyer, 16 anos, tem seus “lugares seguros”, como explica a mãe do jovem, Deirdre. O banco de trás do carro é um deles. Ali, Evan se sente confortável para comer e até se vestir. Certo dia, Deirdre levou o filho na barbearia de O’Connell. Ele se recusou a cortar o cabelo e saiu dali correndo para o carro.
Desde então, Evan só permite que O’Connell corte seus cabelos, sempre no banco de trás do carro.
“Nunca cortei o cabelo de ninguém na parte de trás do carro, não é fácil! Mas significa muito para Evan, por isso faço o que tenho que fazer”, diz o barbeiro. “Evan pode decidir onde e quando ele quer arrumar o cabelo, eu vou onde ele está.”
Outro barbeiro
Já o barbeiro James Williams, dono de um salão no País de Gales (Reino Unido), conta que atende crianças autistas há vários anos, acumulando diversas e interessantes histórias a cada novo corte.
Para ele é importante tentar captar e entender as emoções de cada criança. James conta que já fez cortes deitado no chão, sentado em uma mesa, no peitoril da janela e como, O’Connell, dentro de um carro.
O pequeno Seb, 5 anos, é cliente de James há alguns meses. No início, eles tiveram um pouco de dificuldades para se entenderem.
A mãe do menino Claire contou que no começo o filho ficava andando pelo salão, seguindo os barbeiros. Agora ele fica mais calmo, senta em uma cadeira em seu iPad e, na maioria das vezes, permite que James faça seu trabalho”.
O projeto
O barbeiro do País de Gales pretende criar um guia online para salões e barbearias sobre como lidar com crianças e jovens autistas, para que eles possam se sentir bem-vindos nesses locais. “Alguns cabeleireiros [ainda] se recusam a cortar o cabelo de crianças autistas. […] Estou tentando transmitir a mensagem de que eles não devem ser recusados”, conclui.
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Fonte: Power of Positivity