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Como surgiram os TESTES de QI?

Você já parou para refletir sobre a importância dos testes de QI? O impacto de uma avaliação sobre a Identificação da Superdotação

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Como surgiram os testes de QI?

Muitas vezes, buscamos uma avaliação neuropsicológica para compreender questões como falta de interesse na escola, situações emocionais intensas, falta de flexibilidade ou até mesmo para uma simples mudança de escola. Para surpresa de muitos, o laudo muitas vezes revela a superdotação, um resultado inesperado que pode causar um choque para toda a família. Tenho ouvido e lido histórias semelhantes de diversas famílias. Isso ocorre devido aos conceitos errôneos amplamente difundidos pela mídia, onde se imagina que um superdotado seja necessariamente um gênio.

Descobrindo a Superdotação

Ao entender sobre superdotação após o primeiro susto, ao buscar informações, descobrimos que a Superdotação faz parte da educação especial. É necessário realizar um cadastro no INEP, cadastro este realizado pelas escolas, e as vezes, por falta de informação sobre o tema, as escolas geram barreiras para atender ao aluno, gerando desgaste, as famílias acabam buscando grupos de apoio. Várias perguntas surgem: Quem criou o teste?Como surgiram os TESTES de QI? Qual a referência adotada? Será que o teste aplicado ao meu filho está correto? Qual referência o profissional utilizou para avaliação neuropsicológica?

Origem e Desenvolvimento dos Testes de QI

Os testes de QI têm uma história interessante, tudo começou no início do século XX. Em 1904, o governo francês pediu a Alfred Binet, um psicólogo, que desenvolvesse um método para identificar crianças que precisavam de educação especial. Binet, junto com seu colaborador Théodore Simon, criou o primeiro teste de QI.

Primeiro Teste de QI

Binet e Simon publicaram a primeira versão do teste em 1905, conhecida como “Binet-Simon Scale”. O objetivo inicial era identificar crianças que poderiam ter dificuldades na escola para que recebessem a atenção educacional necessária. O teste incluía tarefas que envolviam seguir comandos, nomear objetos, definir palavras e completar frases.

Evolução e Padronização

A escala Binet-Simon foi revisada em 1908 e 1911 para melhorar sua precisão e aplicabilidade. Embora Binet não tenha originalmente criado o conceito de QI, seu trabalho forneceu a base para sua introdução.

Lewis Terman e a Padronização Americana

Todavia, Lewis Terman, psicólogo da Universidade de Stanford, revisou o teste de Binet para uso nos Estados Unidos. Em 1916, ele adaptou e padronizou o teste, introduzindo o conceito de quociente de inteligência (QI). O teste Stanford-Binet tornou-se amplamente adotado e a base para muitos testes de QI subsequentes.

Desenvolvimentos Subsequentes

Nos anos 1930, David Wechsler desenvolveu uma série de testes de inteligência (como o WAIS e o WISC) que avaliavam múltiplas habilidades cognitivas e introduziram escores de QI distribuídos numa curva normal. Outros testes, como o Raven’s Progressive Matrices, foram desenvolvidos para avaliar a inteligência em diferentes contextos e populações.

Impacto e Controvérsias

No entanto, os testes de QI se tornaram ferramentas amplamente utilizadas em educação e psicologia, mas também geraram debates sobre sua validade e ética. As críticas incluem preocupações sobre viés cultural e a simplificação excessiva da inteligência.

Testes de QI Modernos

Hoje, os testes de QI continuam a evoluir e são usados como parte de um conjunto mais amplo de avaliações para identificar habilidades e necessidades dos indivíduos. Entre os testes modernos, destacam-se:

  1. Escala de Inteligência Wechsler
    • WISC-V: Para crianças de 6 a 16 anos, mede diferentes aspectos da inteligência como compreensão verbal e raciocínio perceptual.
    • WAIS-IV: Para adultos, avalia habilidades similares às do WISC-V.
  2. Stanford-Binet Intelligence Scales
    • Stanford-Binet 5: Avalia inteligência desde a infância até a idade adulta, medindo cinco fatores principais de inteligência.
  3. Testes Não-Verbais
    • Raven’s Progressive Matrices: Focado em habilidades de raciocínio analítico e abstrato, minimiza o viés cultural.
    • Leiter International Performance Scale: Um teste não-verbal que mede inteligência e habilidades cognitivas.

Avaliações Complementares

Além dos testes de QI, são realizadas avaliações complementares, como observações comportamentais, entrevistas com pais e educadores, e questionários de autopercepção. A combinação dessas medidas proporciona uma visão completa das habilidades e necessidades do indivíduo.

Abordagem moderna

Os testes de QI são ferramentas importantes na avaliação de superdotados, mas devem ser utilizados em conjunto com outras avaliações para proporcionar uma visão abrangente das habilidades e necessidades do indivíduo. A abordagem moderna visa não apenas identificar, mas também apoiar o desenvolvimento pleno dos alunos superdotados.

Entretanto, avaliar uma criança pode mudar sua história de vida, afetando positivamente ou negativamente seu desenvolvimento. Por isso, é crucial entender, estudar e verificar a experiência do profissional, bem como a adequação do método e do teste à idade da criança. Dessa forma, evitamos erros que possam prejudicar a formação de um ser humano em desenvolvimento.

Por fim, para mais informações sobre superdotação  continue acompanhando o portal Crianças Especiais, lembre-se que para uma avaliação neuropsicológica é importante buscar um profissional com experiência neste tema.

Curadoria do Texto: Cilene Cardoso do Grupo Crescer Feliz
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Lembre-se a sua história pode inspirar outras famílias, outras crianças superdotadas, juntos, podemos construir um futuro mais inclusivo e promissor para todas as crianças, independentemente de suas características.

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