Criança autista é expulsa de academia em Ananindeua
O transtorno do espectro autista é um distúrbio do neurodesenvolvimento que é caracterizado pelo desenvolvimento atípico.
Uma criança autista foi expulsa de uma academia localizada em Ananindeua. Excluir pessoas que tem o TEA, de qualquer lugar, é um crime passível de reclusão e multa.
O caso dessa criança que tem apenas seis anos de idade, que acabou sendo excluída de uma academia onde praticava karatê, em Ananindeua, localizada em Belém, tem gerado uma repercussão muito grande através das redes sociais.
A criança já estava praticando o esporte há cerca de três meses na Academia Paulo Afonso, que por meio das redes sociais como Karatê-Dô Tradicional e que há três décadas que vem formando campeões.
Após criança autista ser expulsa de academia, pais se manifestam nas redes sociais
Os pais do menino usaram suas redes sociais para denunciar o caso. Thais Ribeiro Santos, mãe do menino escreveu que o filho dela que tem apenas seis anos de idade foi convidado a se retirar da academia (marcou o nome do local), onde estava praticando karatê, pelo dono do local.
Ela por ser mãe de uma criança com autismo, encontrava-se totalmente devastada e muito indignada pela falta de inclusão que ocorreu na academia. Ela ressalta que segundo o dono da academia, Paulo Afonso, falou que o filho dela estava atrapalhando e construindo para dispersar os outros alunos e que por esse motivo ele deveria parar de praticar o esporte.
Na tarde da última quinta-feira, 28 de outubro, o DOU conversou com a advogada dos familiares da criança, que relatou como ocorreu tudo. Vivianne Saraiva, a advogada da família contou que Fabinho tem apenas seis anos e estava praticando karatê há cerca de três meses na academia.
Quando chegou esse mês, os pais não haviam recebido o boleto para poderem pagar a mensalidade do mês seguinte e no momento em que o pai pediu, ele foi informado que ele precisaria ir até à academia para ser realizado uma reunião. De início, os pais imaginaram que o filho iria mudar de faixa e que precisariam pagar a mais devido a isso, mas, quando a mãe da criança chegou até o local suspendeu-se com a notícia de que seu filho não iria mais poder frequentar o local.
O Dol tentou fazer contato com o proprietário e professor da academia, Paulo Afonso por meio de ligações e WhatsApp, porém não obteve nenhum retorno.
Fonte: DOL