Homem com síndrome de Down acamado há décadas vence a COVID-19
Uma boa notícia vem circulando pela internet. Um homem com síndrome de Down de 48 anos, morador das Casas André Luiz, na cidade de Guarulhos, no estado de São Paulo, que estava acamado 37 anos, vence a COVID-19.
Uma das maiores preocupações das famílias e pessoas no grupo de risco é a exposição ao coronavírus. E pessoas com T21 (trissomia 21 mais conhecida como síndrome de Down) fazem parte do grupo de risco.
Essa é a história de Washington Luis Cremonesi, morador das Casas André Luiz, em Guarulhos (SP), desde os 11 anos de idade, começou a apresentar os sintomas da doença no dia 18 de abril.
No dia 20 ele realizou o exame e foi constatado que ele havia positivado para o vírus.
A maior preocupação de todos foi que Washington além da síndrome de Down ele possuía outros problemas de saúde como bronquite e epilepsia.
Além de ser traqueostomizado desde 2019, não andar, ser alimentado por um equipamento e ter perdido a visão em razão de uma catarata congênita.
Mesmo diante desse quadro Washington venceu o coronavírus. Ficou internado por nove dias e necessitou de ventilação mecânica para respirar, mas hoje está curado e seu quadro é estável.
O cenário do Down durante a pandemia
Apesar de não haver estatísticas sobre o número de pessoas com síndrome de Down no Brasil estima-se que existam aproximadamente 300 mil pessoas com síndrome de Down no Brasil. Não há estatísticas oficias do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) pois eles não realizam a pesquisa sobre a síndrome.
Para entender melhor como está essa população, a FBASD (Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down) está realizando uma pesquisa em âmbito nacional para conhecer os riscos e a evolução da covid-19 entre as pessoas com síndrome de Down.
O objetivo é descobrir se elas são mais vulneráveis ou têm um desenvolvimento diferente da doença e se a sua gravidade está relacionada às condições de saúde preexistentes.
Para tanto, eles criaram uma série de perguntas e respostas sobre contágio, prevenção e cuidados especiais para o público com trissomia do cromossomo 21 (T21), para dar suporte a pessoas com síndrome de Down, suas famílias e redes de apoio. Bem como estão fazendo uma pesquisa das pessoas com T21 que positivam para a COVID-19.
Segundo Antonio Carlos Sestaro, por enquanto, a área médica não tem uma resposta conclusiva, mas é sabido que pessoas com Down têm mais chances de desenvolverem alterações no sistema imunológico, além de obesidade, doenças cardíacas e problemas respiratórios.
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Com informações:https://www.uol.com.br