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Jovem com deficiência visual recebe diploma em braile após gradurar-se em Estética

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O Censo de Educação Superior aponta que deve haver  8,45 milhões de estudantes em faculdades, sendo que apenas 43.633 pessoas com deficiência estão inseridas no Ensino Superior brasileiro. Esse número representa somente 0,5% do total de alunos do país.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 6,2% dos brasileiros têm algum tipo de deficiência, seja ela auditiva, física, intelectual ou visual. O levantamento foi feito em 2015 pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do IBGE juntamente com o Ministério da Saúde.

Segundo o IBGE, a deficiência mais recorrente entre os brasileiros é a deficiência visual, que atinge 3,6% da população. Mas entre os universitários, a mais representativa é a deficiência física. Entre os estudantes com deficiência, 35,9% são pessoas com deficiência física.

Taís Machado Araujo, 25 anos, é uma pessoa com deficiência visual que celebraria essa conquista após três anos e meio de estudo. A jovem graduou-se em Estética no Centro Universitário IBMR, no Rio de Janeiro (RJ), no entato, por conta do COVID-19 a colação de grau e festa foram adiadas para o ano que vem.

O diploma

Não obstante, a conquista de Taís não foi deixada de lado, ela comemorou recebendo recebendo seu sonhado diploma: em braile.

Mas isso não foi uma favor que a Faculdade que a jovem curso fez, essa conquista é um direito da jovem.

Em 2019 fou publicada no Rio De Janeiro a Lei Estadual nº  8519  que tornou obrigatória a impressão de diplomas em braile por estabelecimentos de ensino público e privado para pessoas com deficiência visual.

Em razão da lei ainda ser recente, provavelmente Taís foi a primeira aluna daquele estado a usufruir desse direito no momento da colação. A informação é do Instituto Benjamin Constant (IBC), centro de referência nacional na área da deficiência visual vinculado ao Ministério da Educação.

A escolha do curso

Taís nasceu sem enxergar, seu processo de ensino foi bastante difícil. Ela já havia passado por dificuldades na tentativa de ingressar no Ensino Superior  quando ela  tentou cursar Pedagogia. No entanto, sem apoio e com a falta de inclusão as barreiras atitudinais que ela teve que enfrentar  fez com que ela desistisse.

Na Estética, foi diferente. Quando precisava fazer exercícios em que treinava limpeza de pele em uma pessoa, por exemplo, dividia a tarefa com uma dupla: aplicar cremes e esfoliante era com ela. Da extração de cravos, o parceiro cuidava.

O diploma em braile foi uma surpresa para Taís e para sua mãe Margareth Machado, que foi sua “maior incentivadora” para levar os estudos em frente. ”

Quando desistiu do curso de Pedagogia, Thais resolveu fazer um técnico de massoterapia, modalidade de massagem clássica para aliviar dores e estresses.

Depois mudou de ideia e optou por estética. Focando em aspectos de cuidado corporal, como massagens e drenagem. O desânimo que a acompanhava na outra faculdade sumiu já que, no novo curso, ela ouviu a frase “Como posso te ajudar?” de amigos, professores e profissionais da instituição.

Como apoio para os estudos, a universitária cursar a faculdade não foi impossível.

O futuro

Ela diz que conquistar um diploma universitário é maravilhoso. “Eu sei que para outras pessoas com deficiência visual é mais difícil, mas eu diria para não desistir. Quero trabalhar na área, mesmo que eu tenha limitações e não possa fazer tudo. E ainda quero fazer um projeto para ensinar Beleza aos deficientes visuais, para que saibam que não é porque a gente não enxerga que não pode se cuidar. Mesmo porque há o aspecto tátil, que é muito importante“.

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Fonte:https://www.uol.com.br

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