Jovem publica livro contando sua história para descontruir o preconceito em relação às pessoas com deficiência mental
"Se eu não fosse capaz, como escreveria um livro com 115 páginas?"
Jovem escreve livro contato sobre sua história e a deficiência mental leve.
Trata-se de Ketlin Tainara Schenider, de 26 anos, moradora de Estrela, no estado Rio Grande do Sul.
Ketlin foi diagnosticada com a deficiência aos 12 anos de idade. Logo depois de um período de não aceitação de sua condição, na adolescência, ela encontrou refúgio nos livros e na escrita.
Quase graduada em Recursos Humanos, a jovem, em 2020 durante a pandemia, decidiu escrever seu primeiro livro, contando sua história com a deficiência mental leve.
A ideia surgiu em março, em julho já tinha colocado a história em um caderno, novembro começou a digitá-lo e 04 de janeiro de 2021 ele foi lançado.
Entretanto, para o lançamento do livro ela contou com a a ajuda de Mama Brito, Clemilda Thomé que revisaram o e-book, a designer Paula e a professora Ingrid.
O livro chama-se “A borboleta que aprendeu a voar sozinha”. “Ele conta a minha história e sobre a minha deficiência mental leve. Fui diagnosticada aos 12 anos, até meus 18 anos eu não conseguia me olhar no espelho. Mas fui retirada do fundo do poço pela pedagoga Marcelisa e o Dr. Alexandre“. conta Ketlin
Preconceito
Ketlin considera seu livro uma oportunidade de descontruir o preconceito da sociedade em relação a deficiência mental, mostrar que diagnóstico não é destino. Que pessoas com deficiência mental são capazes e devem ser respeitadas e notadas pela sociedade.
“Se eu não fosse capaz, como escreveria um livro com 115 páginas?” questiona a jovem.
O futuro
A princípio Ketlin espera que futuramente publique seu segundo livro, e quem sabe escreva muitos livros, como o escritor Augusto Cury, sua inspiração.
Todavia, ela também quer palestrar em empresas de Recursos Humanos e nas escolas para mostrar para a sociedade que ela é capaz. “Quero ajudar alunos e empregados que tem alguma deficiência e que enfrentam preconceitos”, diz.
Acima de tudo, seu maior sonho é poder aparecer em um programa de televisão para falar de seu livro e de sua história
Orgulho
Contudo, isso tudo também é motivo de orgulho para a mãe de Ketlin, Ivaneti Scheinder, que diz que se emociona ao tentar ler o livro. “Eu me emociono e por isso não consigo ler todas as páginas. Para mim é muito emocionante. É muito orgulho, lutamos muito para dar estudo para ela, eu sempre disse que ela seria alguém na vida”, finaliza a mãe.
Deficiência mental
Nesse sentido, o artigo 4º, IV, do Decreto nº 3298/1999 e o artigo 70 do Decreto nº 5296/2004 deficiência mental é o funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: a) comunicação; b) cuidado pessoal; c) habilidades sociais; d) utilização dos recursos da comunidade; e) saúde e segurança; f) habilidades acadêmicas; g) lazer; e h) trabalho.”
Em outras palavras, a deficiência mental é apenas um funcionamento intelectual que funciona de outra maneira, portanto, não quer dizer que a pessoa seja incapaz, ela apenas de desenvolve em seu tempo.
Da mesma forma que Ketlin, a pessoa que é tratada com respeito, carinho e incluída na sociedade pode se tornar o que quiser. Talvez numa velocidade diferente, “A borboleta aprende voar sozinha”. E ela pode voar, se desejar.
Como comprar o livro
Antes de mais nada, o livro pode ser adquirido sobretudo pelo Whatsapp: 51-99479-5436 bem como pelo o e-mail:[email protected], Instagram @ketlin_tainara_schneider ou Facebook de Ketlin, pelo valor de R$ 40,00.
Justamente é uma grande oportunidade de você entender sobre a deficiência mental de dentro para fora. Porque diagnóstico não é destino e você poderá entender e desconstruir seu preconceito sabendo mais sobre o assunto.
Por fim, deixe-nos saber o que achou, porque sua opinião é muito importante para nós.
Texto autoral, escrito por Leticia Lefevre autorizada a publicação desde que citada a fonte.