Mãe diz que teria abortado bebê nascida com condição rara e processa médico por não alertá-la
Mãe está processando o Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido por não ter diagnosticado que sua bebê tinha uma síndrome rara.
Segundo, Lindsey Shaw, 32 anos, quando ela estava na 21ª semana de gestação ela realizou uma ultrassom com o intuito de identificar se havia alguma má formação com seu bebê.
O exame foi realizado em Middlesbrough na Inglaterra, por um médica credenciada pelo serviço nacional de saúde do país. Ela não teria diagnosticado a má formação na bebê.
Todavia, depois do nascimento da menina, em outubro de 2014 ela foi diagnosticada com uma condição rara que faz com que o cérebro não se forme completamente, podendo haver comprometimento da visão, deficiência intelectual, incapacidade de andar e falar. Ela nasceu com uma síndrome rara chamada Aicardi.
Síndrome de Aicardi
De origem genética, a síndrome de Aicardi mostra-se uma doença rara e bastante séria para o desenvolvimento de uma pessoa. Ela se caracteriza pela falta parcial ou total do corpo caloso, responsável pela ligação entre os dois hemisférios cerebrais.
A síndrome de Aicardi afeta apenas 4.000 pessoas em todo o mundo e tem um enorme impacto sobre o desenvolvimento.
Apesar do caso ter acontecido em 2014, ele está em pauta porque Lindsey decidiu processar serviço nacional de saúde do Reino Unido.
A primeira audiência aconteceu no último dia 22. Durante o julgamento, Lindsey afirmou que teria abortado Emily caso o ultrassom de 21 semanas de gestação tivesse apontado qualquer intercorrência, como a má formação.
Contudo, Lindsey requer no processo milhões de reais de indenização pelos gastos que está tendo e terá para o tratamento de sua filha. Ela justifica que teria feito o aborto porque ama sua filha e não queria que ela sofresse por não ter uma boa qualidade de vida.
O sistema de saúde alega que Lindsey foi encaminhada para exames genéticos para investigar a coluna e o coração da garota, e não o cérebro. E que foram feitas seis imagens no cérebro da menina, que só apresentou um espaço que ela não considerou que pudesse ser algo grave.
Todavia, agora será decidida a questão-chave pelo juiz é se a médico que fez a varredura foi culpada em notar a presença do espaço preenchido com fluido dentro do cérebro.
O julgamento segue.
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