Mãe que desejava o aborto do filho com síndrome de Down ganha processo contra hospital
Mãe que desejava o aborto do filho com síndrome de Down ganha processo contra hospital
Edyta Mordel é uma polonesa que decidiu processar o hospital Royal Berkshire NHS Foundation Trust, no Reino Unido, por não ter detectado que seu filho tinha síndrome de Down durante sua gestação.
Aleksander, nasceu com síndrome de Down, e sua mãe só soube da condição do menino após o parto.
De acordo com a BBC, caso ela e seu parceiro, Lukasz Cieciura, tivessem ciência da alteração genética, eles teriam abortado.
Depois de ouvir as argumentações da mãe, o juiz Jay decidiu ao seu favor. Em razão do hospital não ter identificado a síndrome de Down durante a gestação o hospital deverá pagar uma indenização ao casal. Porém, o valor ainda não foi revelado.
Segundo a mãe, a razão pela qual ela teria optado pelo procedimento seria para que seu filho sofresse como as crianças com Síndrome de Down sofrem. Edyta chegou a pedir um exame para detectar a síndrome. No entanto, o Royal Berkshire NHS Foundation Trust alegou que a mãe se recusou a fazer o teste posteriormente e, por isso, ele não foi realizado. Para o juiz, a recusa da mãe ocorreu por uma falha de comunicação, porque ela não entendeu como seria realizado o procedimento.
Segundo Jay, a instituição deveria ter questionado a mãe, já que ela mostrou interesse em fazer o exame antes. Mordel havia agendado todos os testes, incluindo o de Down em uma consulta anterior. O juiz afirma que seu julgamento não deve ser interpretado como uma “chancela” para que crianças com síndrome de Down sejam vistas como indesejáveis. Em sua visão, os exames para detectar essa alteração genética é um direito da gestante. Mesmo após o diagnóstico, Mordel e seu parceiro, Lukasz Cieciura, disseram que irão buscar dar o melhor tratamento para seu filho.
Legislação
No Reino Unido, com exceção da Irlanda do Norte, o aborto é legalizado desde 1967. Um ato parlamentar permite o procedimento possa ser realizado em hospitais e clínicas legalizadas.
Na Inglaterra, na Escócia e no País de Gales, é permitido fazer um aborto até a 24ª semana de gestação. No entanto, 90% dos procedimentos são feitos, no máximo, até a 13ª semana.
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Fonte: revistacrescer.globo.com
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