Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Mães adotam menino autista e cego que aguardava anos na fila de adoção

Siga-nos no GOOGLE NEWS

Duas mulheres que vivem juntas há 15 anos sonhavam em ter um filho desde que se conheceram. Claudiana e Luciana depois de amadurecerem a ideia por mais de dez anos adotaram Lucas Miguel. “

O menino de sete anos, é deficiente visual e autista. A decisão pela adoção foi após fertilizações que não deram certo.

Mas as mamães não desistiram de seu sonho e partiram para a fila da adoção. E para realizar esse sonho elas tiveram que espera muito.

A adoção

Luciana conta que nesse processo conheceu outra criança, no entanto, para ela adoção é empatia. Desde a  primeira vez que conheceram Lucas até a finalização do processo de adoção, foram dois anos de muita conversa, paciência e construção de intimidade, Lucas cativou as mães desde o primeiro momento.

Segundo elas o menino as adotou e não o vice-versa. O processo para ficar com o menino começou após uma ligação que dizia “olha, tem uma criança, autista e deficiente visual, vocês querem conhecê-la”? Na hora o casal disse sim e foi em busca do filho. Ao avistarem o menino no colo da cuidadora, na primeira visita, Luciana e Claudiana decidiram imediatamente que era aquela criança que elas buscavam como filho.

Quando se aproximaram do menino, ele se sentiu seguro e chamou elas para brincar. Se aquilo não era um sinal, eu não sei mais o que poderia ser! “Parece que ele está com a gente desde o nascimento, que foi gerado por nós. Eu nem lembro da vida antes dele”, disse Claudiana.

O amor da família

O pequeno foi muito bem acolhido e virou o xodó da família, especialmente da vovó, Dona Zilda. Entre os dois, sobra amor, historinhas, carinho e lições do dia a dia. “Não tem explicação, não desgruda. Acorda falando da vovó Zizi, às vezes a gente brinca que adotamos ele da avó porque o amor desses dois é imenso”.

A rotina antes de Lucas era um pouco mais tranquila, reconhece Luciana, dizendo que hoje ela e a esposa vivem em função do pequeno. Ao mesmo tempo, elas contam que não conseguem mais enxergar a vida sem a presença amorosa e constante do menino.

A inclusão de verdade

Claudiana e Luciana batalharam por sua inclusão na sociedade, agora lutam por Lucas.   O casal participa de grupos de mães de autistas, onde há uma troca constante de experiências de mães do Brasil inteiro. “Tudo que você vai comentando no grupo, ajuda, ou ajuda o outro. Cada mãe que dá seu depoimento lá, te abre a sua mãe para ‘nossa, eu não tinha visto isso‘”.

A escola é um dos ambientes que mais mudam com a chegada de uma criança com deficiência. “Ou você tira a criança da escola porque ela não conseguiu mudar, ou ela consegue mudar”. No caso da escola de Lucas, a escola se adaptou a ele e mudou as atividades pedagógicas que permitiram que ele pudesse entender e aprender, assim como as outras crianças.

Segundo as mães, cada dia elas aprendem algo diferente, porque ser mães de autista é uma aprendizado para sempre. Para as mães do pequeno, o autismo é um ‘aprendizado eterno’, e isso, no final das contas, é algo positivo.

Deixe-nos saber o que achou, porque sua opinião é muito importante para nós.

Fonte:https://razoesparaacreditar.com

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo