Morre assassinado pela polícia do RJ menino autista de 14 anos
A violência hoje em dia está cada dia pior, principalmente em locais com maior vulnerabilidade social.
A polícia tenta combater o crime, mas em alguns casos, acabam cometendo excessos. Foi o que aconteceu, com o garoto Allan dos Santos Gomes, de 14 anos, que tinha autismo. Ele foi assassinado pela polícia militar na favela da Chacrinha, na Praça Seca, zona oeste do Rio.
Mais uma vez, a corporação tentou criminalizar a vítima, alegando que Allan teria atacado os agentes, o que foi desmentido por familiares dos jovem nas redes sociais.
O corpo do garoto sepultado foi no Cemitério de Irajá, na zona norte do Rio.
Segundo relato de Rayssa Santos irmã de Allan “O caveirão subiu atirando contra todo mundo, matou meu irmão que só tinha 14 anos. Ele soltou a mão do meu pai e tomou um tiro. O que vou falar para minha filha de 4 anos que brincava com ele dentro de casa o tempo todo?” .
“Tiraram a blusa do meu irmão e colocaram uma arma na mão dele para dizer que ele era bandido”, complementa a irmã.
Não foi só Allan que foi vítima dessa tragédia, na Chacrinha, Alex Mateus Pereira Barreto da Silva e Wallace Ferreira da Silva perderam suas vidas.
Porém pouca coisa foi informada, os nomes das pessoas mortas e que eles eram “suspeitos”, atingidos em um suposto “confronto”.
A disputa entre milicianos e traficantes pela Praça Seca, já contabilizou até hoje mais de 12 tiroteios só em 2019, segundo o aplicativo fogo cruzado. Com a presença da polícia na área as coisas pioraram.
No ano de 2018, durante a intervenção militar na área de “segurança pública”, o Rio de Janeiro registrou um aumento significativo no número de tiroteios: de 5.238 de fevereiro a dezembro de 2017 para 8.193 no mesmo período de 2018, um volume 56% maior.
Segundo os dados do Observatório da Intervenção. Entre os números levantados estão 668 operações monitoradas, com 204 mortes nestas ações dos braços armados do Estado, 53 chacinas (um total de 213 vítimas), 1.203 pessoas mortas e 1.090 feridas, no Rio de Janeiro durante o período.
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Imagem: Reprodução/ Arquivo Pessoal