Mulher com síndrome de Down é expulsa de evento para não “assustar” as pessoas
Julia, 49 anos, foi expulsa no último dia 15 de uma conversa em um hotel em Motilla del Palancar (Cuenca), na Espanha em razão de sua condição. Ela tem síndrome de Down. A história foi relatada por Ascension Leal, uma de suas duas irmãs que a acompanhava. Segundo a versão apresentada por um representante da empresa Medisalud expulsão aconteceu porque “isso poderia assustar as pessoas”.
Ascension Leal afirmou sua intenção de denunciar o caso, mesmo que o gerente da empresa tenha telefonado para elas para pedir desculpas. Ele também pediu que não continuassem com a denúncia. Assuncion garante que a dignidade de sua irmã “está acima” de tudo isso.
Conforme dito por pela Ascensão Leal à agência Efe, quando eles entraram no local em que a palestra estava sendo realizada, na companhia de vizinhos, algumas das pessoas da equipe lhes disseram que seria melhor que sua irmã não estivesse no evento “porque ele poderia perturbar os participantes e coisas assim“. “Fomos buscar uma cadeira e ele nos negou e disse que não podia estar lá” e até sugeriu que deixassem a irmã lá fora e que testemunhassem a conversa. “Tentamos conversar com ele, mas não havia como, então deixamos os três e também mais pessoas deixaram o evento“, acrescentou.
Evento comercial
A Medisalud vende produtos como ionizadores de água, mesoterapia ou pressoterapia em eventos comerciais para os quais convida por convite e nos quais promete um presente valioso “apenas por participar”, neste caso um “smartphone”.
O advogado do MediSalud, Jorge García, rejeita a versão das irmãs e garante que “em nenhum momento foi dito nada à mulher com síndrome de Down”. Ele afirma que uma das mulheres foi convidada para a palestra comercial “, para a qual ele poderia ir com um companheiro” e que “elas estavam com raiva” porque não queriam dar um smartphone para cada uma, mas “que era dado em casal, como afirmou o advogado”. Segundo García, “seria bobagem fazer comentários desse tipo em um evento comercial”.
Família conhecida
O prefeito de Motilla del Palancar, Pedro Tendero, garantiu a este jornal que “a empresa está dando desculpas porque houve outro casamento que pode corroborar a expulsão. Julia é uma família conhecida na cidade, que costuma ir com as três irmãs e os marido de uma delas nos eventos da prefeitura e até as três irmãs recentemente fizeram uma viagem organizada pela comissão das mulheres para Benidorm “. Segundo o prefeito, que está indignado com o incidente, “a empresa chegou a dizer que eram pessoas problemáticas, o que torna o caso ainda mais injusto, e isso não é verdade porque nunca causaram o menor desconforto”.
A presidente da organização Cocemfe em Motilla, Aurora López, afirma que “Julia é totalmente integrada, é uma pessoa super carinhosa e participa de todos os atos, e isso também é uma pena quando estamos lutando pela integração de todos”.
Ataques no hotel que alugou o quarto
Cermi Castilla-La Mancha “lamenta e condena” os fatos que a família de Julia denunciou e os considera “severamente discriminatórios” e que constituem “uma violação dos direitos mais elementares que toda pessoa ajuda”. O comitê exigiu que a justiça e a administração regional agissem para verificar prontamente os fatos denunciados e, se confirmados, punissem a empresa para que não ocorresse novamente.
O prefeito de Motilla também defendeu o hotel da cidade onde foi organizado o ato de cerco nas redes sociais. “O hotel alugou um quarto para uma empresa responsável pelo ato e eles não são os culpados pelo que aconteceu. Eu também tenho que defendê-los como vizinhos. É injusto estar envolvido ou denegrir”. No mesmo caso, foi vista outra empresa com um nome semelhante ao Medisalud, que também foi difamada no Twitter devido a um erro nas informações iniciais de algumas mídias.
Chove no molhado
A queixa de Julia e sua família é adicionada a muitos outros grupos de pessoas com deficiência que foram marginalizadas, separadas ou evitadas em eventos de lazer ou eventos públicos. A Federação Catalã de Deficiência Intelectual (Dincat) propôs na primavera passada aos partidos políticos da Catalunha uma lei que responderia com sanções a esse tipo de agressão contra grupos fracos. “Todos os grupos parlamentares concordaram, mas a proposta foi interrompida porque não há parlamento”, diz Rosa Cadenas, presidente da entidade.
Relatos de casos como vários grupos que foram proibidos de entrar em bares, como um em Lleida e outro em Almeria, ou o de um hotel em Vinarós que também se recusou a acomodar oito pessoas, ajudaram a aumentar a conscientização para evitar discriminação contra coletivo “Com o impacto que tiveram na mídia, há mais reclamações e mais rejeição”, admite Cadenas.
É tão triste quando acontece uma coisas dessas. E o mais triste e que acontece por todo o mundo. Mas nunca devemos desistir de nossa luta pela inclusão. Porque pessoas com Deficiência tem os mesmos direitos que qualquer pessoa.
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Sim! Pessoas com deficiencia têm os mesmos direitos e oportunidades!! A sociedade, o mundo precisa conscientizar dessa realidade e ao invés de atitudes discriminatorias, deveriam promover projetos pra engajarem essas pessoas que sao produtivas e responsaveis, além de dóceis e lindas!!Acho que o mundo precisa divulgar mais reportagens e materias sobre pessoas COM SINDROME DE DOWN!!
Pobres de espíritos temos pena das almas deste seres que se dizem humanos quando desceram aos seu sepulcros. Este anjos passam por esta vida para nos deixar uma única mensagem; Amor! E estes infelizes jamais saberão o que é isso..