Óculos inteligentes são distribuídos para estudantes com deficiência visual em Gravataí
Para ler o seu primeiro livro completo, levou somente três dias. É o que foi contado por Augusto Francisco Kovalek Zacher, de 13 anos, aluno do sétimo ano da escola municipal de Gravataí.
Ele é um dos 24 alunos que possuem deficiência visual que foram beneficiados pela prefeitura com o acesso aos óculos inteligentes. Com essa tecnologia israelense, o dispositivo OrCan MyEye permite o reconhecimento de até 200 livros, ler livros, identificação de rótulos, entre muitas outras facilidades. Essa iniciativa tem como objetivo promover uma maior inclusão e autonomia dos estudantes com deficiência visual. Segundo as informações da prefeitura, o investidor foi de mais de 400 mil reais.
Os primeiros óculos inteligentes foram entregues em uma cerimônia que aconteceu no último dia primeiro. Já no dia seguinte, Augusto demonstrava uma imensa animação com a tecnologia.
Em março deste ano, a tecnologias havia sido testada pelo adolescente. Segundo as informações dadas pela mãe do jovem, a professora Kátia Kovalek Zacher, de 41 anos, o filho foi submetido a um treinamento e usou a tecnologia para fazer temas em casa e as atividades escolares em sala de aula.
Ela explica que o filho como o aluno sempre foi muito bom, uma criança muito esforçada. Ele fez a mesma prova que os demais alunos e participa das atividades com eles. Mas tanto em sala de aula quanto em casa, com os temas, sem o óculos, a mãe teria que levar os textos para que o filho pudesse responder.
Com muita orgulho, a mãe de Augusto conta sobre o desenvolvimento do filho, que além de ser um bom aluno, também já foi medalhista em atletismo e é o atual campeão do torneio xadrez do município.
Uma das pessoas que trabalhou para que o OrCan chegasse até os alunos foi a servidora municipal e presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Patricia Lisboa, de 39 anos. Ela que tem deficiência visual desde os dois anos, conta com uma imensa alegria sobre o projeto que poder mudar a realidade de um grupo.
Fonte: Diário Gaúcho
