DeficiênciaTranstorno do Espectro Autista (TEA)

Projeto de lei do Colorado permite o consumo de maconha medicinal para avanços no autismo

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O uso da maconha como produto medicinal vem sendo usado em vários países, para diversas patologias. Foi o que aconteceu no estado norte americano do Colorado, onde foi proposto um projeto de lei que permitiria o uso da maconha medicinal para o tratamento do autismo.

O projeto foi proposto pelos deputados estaduais Edie Hooton e Kim Ransom, nenhum deles têm filhos com autismo, porém a proposta deles foi pautada no fato deles serem pais e verem outros pais sofrerem em busca de tratamentos mais eficientes para seus filhos. O projeto prevê a concessão ao paciente qualificado após a recomendação de pelo menos dois médico a receber um cartão de maconha medicinal.

Pais de crianças com autismo e defensores da maconha medicinal disseram aos legisladores durante a  audiência em que foi discutido o projeto que vêem o tratamento como sua única opção.

Segundo relato de Margaret Terlaje, mãe de uma criança autista, antes de seu filho começar a tomar maconha medicinal, o remédio prescrito pelo médico da criança para seu autismo não funcionou. Também fez seu filho babar e urinar sangue, ela disse.

Ele sempre viverá comigo e eu sempre cuidarei dele”, disse ela. “Ele é um menino muito especial.

Wendi Carter também falou sobre suas esperanças de maconha medicinal ao tratar seu filho com autismo.

Nós gostaríamos de uma chance para ver se isso vai melhorar sua qualidade de vida”, disse ela.

Segundo estatísticas, cerca de uma em 59 crianças é diagnosticada com autismo.

Os argumentos da oposição são de que não há evidências científicas suficientes para comprovar a efetividade do tratamento, eles alegam que os testes são experimentais ainda.

“Nós não temos provas suficientes agora”, disse o Dr. David Downs, ex-presidente da Sociedade Médica do Colorado.

Mas os pais parecem não se importar pela falta de evidências, como explica Melissa Atchley.

“Como mãe, quero que meu filho pare de bater a cabeça contra a parede”, disse ela.

O novo projeto agora segue para o plenário da Câmara para debate.

Estudos no estado do Colorado estão conduzidos para verificar os efeitos da maconha medicinal no autismo. E esperamos, que se ele efetivamente for bom, o projeto seja aprovado.

A positividade desses estudos é que, se confirmada a efetividade da maconha, teremos ainda mais evidências ciêntíficas para fundamentar a efetividade do tratamento, ficando ainda sim mais fácil, trazemos isso para o Brasil.

Aqui no Brasil, não há distribuição de cartão para aquisição de maconha e o cultivo da “cannabis sativa”, planta que da origem a maconha, mesmo que para uso pessoal terapêutico é crime, mesmo com prescrição médica. Porém, o tema está sendo discutido no no âmbito parlamentar e o cultivo da maconha para fins medicinais já foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, no último 28 de novembro.

O texto ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ser votado no plenário do Senado. Em seguida, precisará ser apreciado na Câmara dos Deputados.

Mas se esse for o melhor tratamento para nossas crianças, que ele seja aprovado o mais rápido possível.

Deixe-nos saber o que você achou, sua opinião é muito importante para nós.

Foto: David Zalubowski, The Associated Press

Fonte: www.denverpost.com/

 

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