UNICEF diz que crianças com alguma deficiência são 49% mais propensas a jamais frequentar a escola
O relatório elaborado pela UNICEF foi publicado no dia 10 de novembro deste ano.
Atualmente, cerca de quase 240 milhões de crianças possui algum tipo de deficiência em todo o mundo. A UNICEF mapeou quais são as principais dificuldades e desafios desse grupo, em um relatório que foi divulgado no dia 10 novembro.
O relatório mostra indicadores de bem-estar infantil, tais como a nutrição, educação, saúde e educação, e faz uma comparação com a realização das crianças com deficiência em 42 países. De acordo com o documento, concluiu-se de que elas são desfavorecidas comparando com as crianças que não possuem nenhuma deficiência em quase todos os critérios que foram analisados pelo relatório.
A diretora executiva da UNICEF, Henrietta Fore, ela conta que essa nova pesquisa apenas confirmou o que todos já sabiam, que as crianças que possuem algum tipo de deficiência enfrentam múltiplos e muitas vezes agravantes desafios na realização de seus direitos. Desde o acesso à educação, ao ser lido na residência; as crianças deficientes são muito menos propensas a serem incluídas e até mesmo ouvidas. Na maioria das vezes, as crianças que tem algum tipo de deficiência são simplesmente deixadas de lado.
UNICEF divulga relatório sobre crianças com deficiência
De acordo com as informações fornecidas pelo relatório, as crianças são cerca de 49% mais propensa a nunca terem ido à escola na vida. As crianças que possuem dificuldade em comunicar e cuidar de si mesmas são as que mais tem a tendência de abandonar a sala de aula, independente de qual seja o nível de escolaridade. Quando a criança possui mais uma deficiência, as chances de não irem para a escola crescem ainda mais.
A defensoria juvenil da UNICEF, Maria Alexandrova, conta que a inclusão na educação não pode e nem deve ser considerada como algo luxuoso. Nenhuma criança, especialmente aquela que é mais vulnerável, deveria ter que lutar por seus direitos humanos básicos. A população precisa de governos, partes com interesses e ONGs que garantam que essas crianças que tem algum tipo de deficiência possam ter acesso igual e inclusivo a educação, pois isso é um direito de todos.
As informações presentes no relatório, mostraram que as crianças que possuem algumas deficiências comparadas as que não tem são:
— 24% dessas crianças são menos propensos a receberam a estimulação precoce e os cuidados responsivos;
— 42% a terem qualquer habilidade básica relacionadas a leitura e numeração;
— 53% podem apresentar sintomas de infecção respiratória aguda;
— 51% a não sentirem-se felizes;
— 41% tem o sentimento de que são descriminados.
— 32% a sofrer qualquer tipo de punição corporal severa.
Fonte: Revista Crescer